Entrevista com a Banda Analisando Sara

Qual a origem do nome da banda?
O nome da banda surgiu durante um passeio pela cidade no final de 2006, da formação daquela época só restou eu, Gilberto, e o que eu posso dizer é que atualmente o significado do nome é um segredo. Mas existe uma promessa de revela lo quando alcançarmos uma 'meta'.

Vocês se conheceram como e quando?
Nós somos uma banda que antes de sermos uma banda, somos amigos de longa data, galera que anda junta desde 2005/2006/2007, com as trocas de integrantes que acontecerem no longo dos anos, foram entrando cada vez mais os amigos que sempre tiveram o desejo em comum de fazer algo juntos. Nos conhecemos através do Underground Santista, todos os integrantes já tiveram projetos anteriores na cidade.

Vocês lançaram um clipe e o nome é ´´Keka Rarecandy``, gostaria de saber qual a origem do nome da música e saber se ela tem uma história...
"Keka Rarecandy Feat. Sasha Robot", nome de doido né cara? haha. Essa musica aborda parte do tema que é tratado no EP "6567826968738469", ela fala especificamente sobre Depressão. Depressão é um mal que virou epidemia em nossa geração devido a cobrança da geração anterior não só em relação a 'vencer na vida' quanto em relação a própria depressão, já que em muitos casos até que um pai ou uma mãe tome uma atitude certa e encare isso como uma doença, acabam tratando a pessoa que já está se sentindo mal, como alguém que estivesse fazendo charme ou tipo. Existe um conceito maior em relação aos nomes que fica assunto pra uma próxima conversa, mas de forma simples, 'Keka Rarecandy' simboliza a ansiedade que tem crescido cada vez mais com a forma que o mundo evolui e espera que você evolua junto comprando, gastando e fazendo 'parte da maquina' (Se você jogou Pokemon sabe que o Rarecandy, ou o Doce Raro, é um item que evolui o level do seu pokemon sem necessidade de esforço). A 'Sasha Robot' é a representação do sistema em que vivemos que dificilmente funciona quando o necessitado é você mas caminha sistematicamente quando você é sugado dia após dia numa rotina que te sufoca com a promessa de uma vida melhor.
Deu pra sacar mais ou menos né?! Haha

Como foi o ano de 2011 para vocês e o que pretendem para 2012?
2011 foi o ano da mudança, foi o ano em que deixamos de lado qualquer outra coisa na vida e decidimos viver somente isso, correr atrás de mostrar o material que estavamos pra lançar na maior parte de locais possíveis. Graças a ajuda de grandes amigos como o Nenê Altro, Greg, Mark e United Produções, Jean e DevilBrand Produções e varias outras produtoras e coletivos que organizam shows e a força de bandas como o Savant Inc, No More Lies, Sharks At Abyss, Destreza, John Wayne, Sea Smile e diversas bandas que correm pelo cenário underground, conseguimos dar um grande passo inicial na maratona de shows que seguiu durante o ano. Fizemos grandes amigos, contatos e tocamos muito mais do que já haviamos tocado em qualquer ano, fazendo shows quase todos os finais de semana de 2011.
Toda essa maratona fez com que perdessemos muito tempo na produção do nosso novo EP mas fez com que ganhassemos uma experiencia muito grande em relação ao som que nós mesmos executamos, apredendendo a implementar isso de forma melhor no material que gravamos e nos ensinando o caminho das pedras em diversos sentidos.
2012 será o ano do trabalho, propagar o novo EP no máximo de lugares possiveis e tocar no maior numero de cidades que a gente conseguir!

Vocês seguem independentes ou rola gravadora fixa?
Somos independentes, não por opção, sonhamos com o dia em que diferentes estilos musicais ultrapassem as barreiras do que é tido como midia comercial e o underground possa ter estrutura pra que todas as bandas que façam um trabalho sério, tenham uma gravadora pra garantir uma certa estrutura e suporte. Mas enquanto isso não acontece, seguimos fazendo o que amamos da maneira que dá!

Como banda já passaram por alguma dificuldade?
Puts, acho que toda banda passa por suas dificuldades, então pra citar um dia divertido, houve uma vez que NÓS 5 DIVIDIMOS UMA CAMA DE SOLTEIRO. Esse dia foi survival haha!

Vocês tem algumas bandas como inspiração?
Diversas! Mas é uma inspiração mais em relação ao que é possivel se atingir com o som que se produz, e não de fato do som em si. Algumas das que eu sei que é de gosto geral quanto a qualidade de trabalho e som são Harvard, Circa Survive, Incubus, Dance Gavin Dance, At The Drive In e Emarosa.

Como foi a gravação do primeiro clipe de vocês?
Foi Roots! O que tinhamos era apenas uma sala vazia na casa dos pais da Daniela, no Guarujá e montámos o cenário que precisavamos para o conceito do clipe com a ajuda dos amigos emprestando Abajurs, molduras, tapetes. O trabalho que o Rodrigo e todo o pessoal da Attitude Riders junto ao Obbie Obien desenvolveu no dia foi uma experiencia e tanto, pois tirando o Obbie, era um campo novo para todos nós, fomos o primeiro VideoClipe que o Rodrigo filmou, antes disso sá havia produzido videos de Esporte. A gravação aconteceu em fevereiro, o calor estava pegando e foram por volta de 5 horas diretas filmando, tentamos com uma produção independente de chegar ao maximo do que podiamos extrair com as ferramentas que tinhamos. O resultado agradou demais e somos muito gratos a cada um dos envolvidos no processo! Em breve já vai rolar clipe novo, já aproveito pra fazer esse Spoiller haha.

Planejam gravação de CD ou EP com data marcada já?
Planejamos ambos, um novo EP e o nosso primeiro CD, porém sem data marcada para nenhum dos dois por enquanto.

Queria agradecer a participação de vocês, desejar sorte, sucesso e é isso aí! Brigadão!
Nós que agradecemos pelo espaço e pelo trabalho desenvolvido pelo Blog, legal demais o apoio a cultura independente! Abração! #TamoJunto!